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16 de Agosto de 2016 às 06:27

Bancários do BRB aprovam pauta específica de reivindicações


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Após o seminário promovido pelo Sindicato na sexta-feira (12) com os delegados sindicais e bancários do BRB, foi realizada assembleia que deliberou pela aprovação, unânime, da pauta de reivindicações específica para a Campanha Nacional 2016.

O secretário-geral do Sindicato, Cristiano Severo, que também é funcionário do BRB, esclareceu que, após a formulação da redação final da minuta, as demandas serão entregues ao BRB ainda esta semana.

No encontro, o secretário de Bancos Públicos da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), André Nepomuceno,  também bancário do BRB, convocou os trabalhadores para uma forte mobilização neste momento delicado vivido pelo país, com o governo golpista de Michel Temer.

Reivindicações

O índice de reajuste para os funcionários do BRB será o mesmo reivindicado na Campanha Nacional, 14,78%, com aumento real de 5%, mantendo-se a estratégia de mesa geral com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e mesas específicas com as demais instituições financeiras para a renovação dos aditivos.

Além disso, os bancários do BRB vão lutar por:

  • Redução das taxas de juros cobradas dos funcionários e aposentados no cheque especial, cartão de crédito e em empréstimos de qualquer natureza, inclusive habitacional, de forma que não ultrapasse a taxa Selic anualizada, bem como isenção geral de tarifas e seguro prestamista para os mesmos;
  • Garantia de pagamento integral da PLR para todos os afastados por motivo de saúde, independentemente da extensão e tipo de licença (acidentária ou previdenciária);
  • Pagamento de adicional de periculosidade no valor de 30% do VP para todos os ocupantes da atividade gratificada de orientador de autoatendimento;
  • Instituição de adicional de insalubridade para os funcionários lotados em PAs instalados dentro de hospitais, no percentual de 30% do vencimento padrão;
  • Ressarcimento integral com gastos com tratamento, exame e medicação para os bancários e seus dependentes acometidos de aids, doenças de fundo psíquico, doenças ocupacionais e outras doenças crônicas ou degenerativas, conforme rol da ANS;
  • Extensão de benefícios aos aposentados, tais como tíquete e cesta alimentação e pacote de serviços (taxas de juros do cheque especial, saques, transferências, isenção de tarifas em geral);
  • Instituição do programa de moradia para os empregados do BRB, que poderá ser desenvolvido com o GDF;
  • Volta da licença prêmio na base de 18 dias para cada ano trabalhado. 

Seminário

O seminário debateu também o programa de PLR do BRB, com a presença do diretor de Crédito e Clientes do BRB, Dário Oswaldo Garcia Júnior, que respondeu a perguntas dos delegados sindicais e bancários.

Também houve debates e sobre saúde do trabalhador. Ana Magnólia Bezerra Mendes, professora do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e do Trabalho e das Organizações (PSTO) do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), comentou sobre o trabalho desenvolvido pela Secretaria de Saúde do Sindicato de combate ao assédio moral e saúde mental do trabalhador.

A professora recomendou a leitura da cartilha “Você não está sozinho! Cuidando da saúde mental do bancário”, lançada pelo Sindicato e que traz resultados da Clínica do Trabalho, atividade desenvolvida pela entidade junto aos bancários do Distrito Federal desde 2013, em parceria com pesquisadores do Laboratório de Psicodinâmica da UnB.

O secretário de Imprensa do Sindicato, Rafael Zanon, falou sobre a PLR na visão do movimento sindical. Ele fez uma retrospectiva das conquistas da categoria bancária, lembrando que a PLR só foi regulamentada na década de 90 e a mudança mais recente foi em 2013, com a isenção do imposto de renda na participação no lucro, uma conquista da classe trabalhadora após muita luta.

Zanon assinalou que a regra básica atual da PLR da categoria bancária é PLR Fenaban (regra básica, que pode ou não ser majorada) mais parcela adicional. Citou alguns problemas enfrentados com a atual regra, como falta de transparência nas informações (média salarial, número de bancários, montante gasto etc), e informou que na 18ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorreu no final de julho, foram discutidas possibilidades de ajustes do benefício. 

Leia mais: Delegados sindicais do BRB se organizam para a Campanha 2016


Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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