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23 de Maio de 2016 às 13:46

Bancários do Amapá elegem delegados para encontros nacionais


Crédito: Arquivo

Macapá AP - No dia 21 de maio, funcionários do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF) se reuniram na sede do Sindicato dos Bancários do Amapá (Sintraf-AP) durante a sexta edição do Encontro dos Empregados (as) da Caixa Econômica Federal e dos Funcionários (as) do Banco do Brasil no Estado do Amapá. O objetivo do evento, que também reuniu representantes da Central Única dos Trabalhadores no Amapá (CUT-AP), do Sindicato dos Bancários do Amapá e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CN), foi discutir propostas para eventos nacionais e construir uma campanha salarial 2016/2017 vitoriosa.

Após a aprovação do Regimento Interno, o presidente da CUT-AP, Geovani Grangeiro, fez uma análise da atual conjuntura política do Brasil. Falou do esforço da presidente afastada Dilma Rousseff para unir as classes sociais do país e do momento em que a classe empresarial, cansada do modelo de governo, iniciou o rompimento para tentar implantar o neoliberalismo no país. Sobre o governo interino de Michel Temer, Grangeiro alertou para o risco da perda de direitos.

“Eu destacaria pelo menos dois direitos que estão sob ameaça: a reforma da Previdência, que aumenta a idade mínima para os trabalhadores e uma Proposta de Emenda Constitucional, que deixa que a CLT [Consolidação das Leis Trabalhistas] tenha prevalência sobre a negociação entre patrão e empregado. Não vamos aceitar nenhum retrocesso de tudo o que já foi conquistado”, explicou.

Outro convidado a participar do encontro foi o diretor da Fetec-CN, Wescly de Queiroz, que também é funcionário do Banco do Brasil em Brasília (DF). Ele fez uma análise da campanha salarial 2015/2016, falou da relação entre o cenário político com a luta dos bancários, que devem enfrentar uma campanha salarial difícil este ano, e destacou a importância da mobilização dos trabalhadores em todo o país para garantir as conquistas que serão reivindicadas na pauta de negociação com os banqueiros.

“A categoria bancária é a mais organizada do país. A única que tem uma convenção coletiva nacional, fruto dessa organização. A conjuntura política e econômica não é favorável aos trabalhadores; os bancos vêm com uma tendência de queda nos lucros – não de perda, mas de queda em lucros –, e eles vão contra-argumentar isso na hora dos embates da campanha salarial e tem a questão política num parlamento conservador, querendo retirar direitos dos trabalhadores. Então, a gente precisa de unir pra sairmos vitoriosos dessa campanha nacional”, disse.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Amapá, Edson Gomes, reiterou que a categoria precisa estar unida e participar das discussões na campanha salarial. “O encontro foi muito bom; quem não veio perdeu excelentes esclarecimentos do presidente da CUT Amapá e do Wescly. A luta está só começando. Será um ano difícil, mas estamos confiantes, pois saímos vitoriosos nos últimos 12 anos”, afirmou.

Durante o encontro, funcionários do BB e da Caixa se dividiram em grupos para discutir as propostas e eleger os delegados que vão representar o Amapá no 27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, que acontecerá nos dias 18 e 19 de junho de 2016, em São Paulo, e no 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa (Conecef), marcado para os dias 17, 18 e 19 de junho de 2016, também na capital paulista.

Ainda participaram do evento o diretor-financeiro do Sintraf-AP, Samuel Bastos, a secretária-geral do Sintraf-AP, Janaina Figueiredo, e a diretora de Saúde do Sintraf-AP, Dayane Machado.

Fonte: Sintraf- Amapá


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