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24 de Fevereiro de 2017 às 10:19

Ato pede o não fechamento de unidades do Banco da Amazônia no Pará


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - A notícia pegou de surpresa clientes e usuários da agência Castanheira do Banco da Amazônia, que só souberam que a unidade vai fechar no próximo dia 14, graças ao ato do Sindicato, na manhã desta quinta-feira (23), com distribuição de informativos em repúdio à medida unilateral do banco.

“Quanto desrespeito, sou cliente do banco há 16 anos e essa é a terceira vez que mudam minha agência. Para gente isso é ruim, como é que vai ficar? Para onde vamos?”, indaga a dona de casa, Kátia Nonato.

Assim como ela, o Sindicato também busca respostas a essa e outras perguntas. A entidade já encaminhou ofício ao banco pedindo uma reunião, em caráter de urgência, para discutir o assunto, mas até agora não teve retorno.

“O encerramento das atividades bancárias nessas agências prejudica não só o funcionalismo que terá outro endereço de local de trabalho, mas principalmente todo o atendimento dado aos clientes e usuários que moram na Região Metropolitana de Belém e até de municípios próximos que buscam atendimento nessa unidade que é a menos longe e está localizada na entrada e saída da capital. Ananindeua, Marituba e demais localidades não possuem uma unidade tão bem localizada para atender este grande fluxo”, pontua o diretor do Sindicato e empregado do banco, Sérgio Trindade.

Com o fechamento da unidade, a agência mais próxima será a da Cidade Nova IV, ou da Pedreira, já que a da Almirante Barroso também irá encerrar as atividades no próximo mês. Além do Pará, outras unidades deverão ser fechadas: 1 no Amazonas, 1 no Mato Grosso e 1 no Maranhão.

A doméstica Lindalva Valente foi pega de surpresa com a notícia. Há pelo menos dois meses, ela acompanha a mãe aposentada, de 80 anos, que vem de Mosqueiro para sacar o benefício do INSS na agência Castanheira, em Ananindeua.

O trajeto além de longo sai caro para a família já que a mãe de Lindalva tem problemas de locomoção. “Se fechar vai ficar ainda mais difícil para minha mãe, que já gasta duzentos reais para alugar um carro e fazer essa viagem. Quanto mais longe eu precisar ir com ela, mais caro vai ser”, comenta.

“É injusto e desrespeitoso, o que o banco está fazendo, com os nossos colegas, clientes e usuários. Que em nenhum momento, assim como o Sindicato, o banco chamou para conversar para explicar os reais motivos, para onde os bancários e bancárias serão transferidos e para onde os clientes irão receber seus respectivos pagamentos e atendimentos. Infelizmente o governo Temer segue dando golpes um atrás do outro com a classe trabalhadora, mas não vamos desistir e muito menos fugir à luta”, afirma o dirigente sindical e empregado do banco, Marco Aurélio Vaz.

Enfraquecimento dos bancos públicos – O diretor do Sindicato, Sandro Mattos, afirma que grande parte desta investida da administração do banco, faz parte do plano do Governo Federal de enfraquecer os bancos públicos, que são vistos como grandes despesas. O dirigente diz que “o Governo Golpista vem com essa ideia de estruturação apenas para enfraquecer os bancos públicos. O banco embarca no discurso e diz que se trata de um “reposicionamento estratégico” da empresa frente ao cenário econômico atual. Mas esses bancos (públicos) são os que mais beneficiam a população, pois trabalham com juros menores e vantagens acessíveis as pessoas de baixa renda. Ao contrário de privados que estipulam renda mínima longe da condição do trabalhador pobre”.

A luta continua – Além do ato, os dirigentes sindicais se reuniram com parlamentares em busca de apoio para barrar a medida. O senador Paulo Rocha e o deputado federal, Carlos Bordalo, ambos do PT, se mostraram favoráveis as lutas. O senador se comprometeu em articular com outros senadores da Amazônia em busca de barrar o fechamento das unidades. Já o deputado federal assumiu o compromisso de agendar uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Pará para discutir o assunto com parlamentares do Estado, clientes e usuários.

Uma coleta de assinaturas, junto aos clientes e usuários das unidades que irão fechar, também começou nesta quinta-feira. O documento será entregue aos parlamentares e encaminhado ao Ministério Público.


Fonte: Bancários PA


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