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11 de Janeiro de 2019 às 09:14

“Amigo particular” de Bolsonaro é indicado para gerência na Petrobras com salário de R$ 50 mil


Crédito: Facebook

Congresso em Foco

Um capitão-tenente da reserva da Marinha apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como seu “amigo particular” em uma de suas campanhas eleitorais foi indicado pela direção da Petrobras para a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da estatal. Carlos Victor Guerra Nagem é empregado da empresa há 11 anos, está lotado em Curitiba, mas nunca ocupou cargo em comissão na estatal.

A gerência faz parte do segundo escalão da Petrobras, abaixo apenas da diretoria. O salário gira em torno de R$ 50 mil. Bolsonaro defendeu a indicação do “amigo particular” nas redes sociais, reproduzindo a nota divulgada pela estatal sobre a nomeação de Capitão Victor e o seu currículo. "A era do indicado sem capacitação técnica acabou, mesmo que muitos não gostem. Estamos no caminho certo!", escreveu o presidente.

Na última eleição, Bolsonaro gravou um vídeo em que chama Capitão Victor de “meu amigo particular” e pede votos para ele. "É um homem, um cidadão que conheço há quase 30 anos. Um homem de respeito, que vai estar à disposição de vocês na Câmara lutando pelos valores familiares. E quem sabe no futuro, tendo mais uma opção para nos acompanhar até Brasília", diz o então deputado no vídeo. “Todos nós ganharemos”, acrescentou.

Veja o vídeo:

A Petrobras nega interferência de Bolsonaro na indicação e alega que Capitão Victor foi escolhido por seu currículo. De acordo com a Petrobras, o capitão-tenente tem mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em Administração, curso no qual se graduou na Escola Naval, e atua na área de segurança corporativa da empresa há seis anos. Além disso, tem dez anos de experiência como professor no ensino superior. Capitão Victor vai substituir Regina de Luca.


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