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8 de Março de 2018 às 08:27

8 de Março: 13 dirigentes, militantes, bancárias, mães e acima de tudo mulheres


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - O nome é masculino, mas o Sindicato dos Bancários do Pará tem na direção 13 bancárias, militantes sindicais e acima de tudo mulheres, que aceitaram para si a difícil missão de assumir mais uma responsabilidade na vida, e ponha responsabilidade, a de representar cerca de 8.000 bancários e bancárias do estado.

Mas apesar de toda essa luta acompanhada de resistência, as mulheres continuam recebendo menos do que os homens, mesmo com um nível educacional mais alto, mesmo trabalhando, em média, três horas por semana a mais do que eles, combinando trabalhos remunerados, afazeres domésticos e cuidados de pessoas.

Segundo o estudo ‘Estatística de Gênero’ divulgado hoje (7) pelo IBGE, em 2016, enquanto o rendimento médio mensal dos homens era de R$2.306, o das mulheres era de R$1.764. “Estamos longe de ser um país igual. Essa discriminação, velada, apresenta-se em forma de remunerações menores mesmo o cargo ocupado por elas serem iguais ao ocupado por eles. É uma realidade dura de aceitar e difícil de acreditar, por isso a nossa luta é todo dia por mais respeito, igualdade e valorização em casa, no trabalho ou na escola”, conta Tatiana Oliveira, que é vice presidenta do Sindicato e Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/PA.

Mulheres que necessitam conciliar trabalho remunerado com os afazeres domésticos e cuidados, em muitos casos, aceitam ocupações com carga horária reduzida, o que afeta a inserção das mulheres no mercado de trabalho. A proporção de ocupados trabalhando por tempo parcial (até 30 horas semanais) mostra um percentual mais elevado de mulheres (28,2%), quando comparado com os homens (14,1%). Nas regiões Norte e Nordeste, a proporção de mulheres passa de 36%.

As pretas ou pardas foram as que mais exerceram ocupação por tempo parcial, alcançando 31,3% do total, enquanto 25,0% das mulheres brancas se ocuparam desta forma, em 2016. Para os homens, somente 11,9% dos brancos se ocuparam por tempo parcial, ao passo que a proporção de pretos ou pardos era de 16,0%.

E por falar em luta, o Dia Internacional da Mulher surgiu de uma iniciativa delas

A ideia de um Dia Internacional da Mulher surgiu no final do século XIX, mas foram diferentes fatos que derivaram para a celebração que conhecemos hoje. A versão mais conhecida sobre a origem do 8 de março é de que seria uma homenagem à 149 pessoas, a maioria mulheres, que teriam morrido num incêndio da fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, ocorrido em 25 de março de 1911. O incidente, teria revelado as péssimas condições nas quais trabalhavam as mulheres, muitas delas imigrantes e pobres.

Contudo, estudos mais minuciosos da história afirmam que a data já havia começado a ser celebrada dois anos antes (1908), também em Nova York, onde as mulheres socialistas, seguindo uma orientação partidária, haviam comemorado pela primeira vez o Dia Nacional da Mulher. Em 1910, na II Conferência Internacional das Mulheres Socialistas, em Copenhague, Dinamarca; Clara Zetkin propõe que, a exemplo das irmãs americanas, começasse a ser celebrado o Dia Internacional das Mulheres. Nos anos seguintes, as comemorações se espalharam pela Europa, mas ainda sem data fixa e única para todos os países, apesar de sempre fazerem referência ao direito do voto feminino como parte da luta pela emancipação das mulheres. Em 1921, o dia 8 de março foi proposto como o Dia Internacional das Mulheres, mas a data só foi oficializada pela ONU 54 anos depois, em 1975.

 

#2018M

 

Fonte: Bancários PA com Agência IBGE Notícias


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