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23 de Setembro de 2016 às 14:26

18º dia de greve com ato na Sutec do Banpará


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Ao invés de o Banpará retomar as mesas de negociação específica com as entidades sindicais apresentando uma proposta que tire o funcionalismo da greve, o banco tenta impor a política do medo e ignora a disposição das entidades que sempre mantiveram-se firmes em negociar. Em repúdio, bancários e bancárias em greve junto com dirigentes do Sindicato realizaram um ato de protesto em frente ao prédio da Sutec e do ‘Postão’ nesse 18º dia de greve nacional da categoria bancária.

“Temos que estar juntos e mobilizados nessa luta, não podemos nos render às ameaças que o banco vem fazendo, somos bancários de bancos públicos e não seremos demitidos por estarmos exercendo um direito legítimo de conquistar melhores salários e condições de trabalho, que é por meio da greve. Não estamos sozinhos, outros bancários e bancárias em todo o país estão com a gente nessa luta e quanto mais gente para enfrentar a ganância dos banqueiros maior é a nossa força”, comenta a diretora do Sindicato e empregada do banco, Érica Fabíola, que junto com outros colegas bancários e bancárias formavam a Comissão de Esclarecimento sobre a greve.

Esse mesmo trabalho de esclarecer e convencer outros trabalhadores e trabalhadoras a não cederem a pressão dos banqueiros e se unirem à luta coletiva em prol categoria é feito diariamente em várias agências bancárias em todo o Pará.

“Temos o resto do ano todo para trabalhar para o banco, durante a greve é a única vez que trabalhamos para nós, pois se não for assim os banqueiros nunca que irão reajustar nossos salários e nos conceder outras conquistas, pois eles só pensam em lucros através da exploração da nossa mão de obra, prova disso é a alta de 60% no lucro líquido só do Banpará no primeiro semestre desse ano em meio a tal da crise econômica mundial”, destaca o dirigente sindical e empregado do BB, Gilmar Santos.

Em meio a essa crise, o Banco do Estado do Pará, no balanço do primeiro semestre desse ano, registrou lucro líquido de R$ 74 milhões, 60,5% acima do registrado no mesmo período de 2015. O patrimônio líquido ficou em R$ 753,2 milhões, expansão de 23,9% em relação ao ano passado, com retorno anualizado sobre o patrimônio líquido médio de 32,2%.

“Banpará não precisa esperar a Fenaban para apresentar proposta. Já fez isso outras vezes e com lucros menores, então por que não faz hoje? Por que opta pelo enfrentamento? A categoria não vai arredar pé e a greve cresceu mais hoje. Vamos seguir firmes na luta, resistindo e mostrando aos banqueiros e à diretoria do Banpará que o silêncio e o reajuste abaixo da inflação  não nos representam. A bola está nos pés do banco. Queremos proposta decente!”, afirma a diretora da CUT e empregada do Banpará, Vera Paoloni.

 

Fonte: Bancários PA


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