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18 de Agosto de 2020 às 12:03

Comissão de Empresa cobra respeito à vida dos funcionários do BB


A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) cobrou do banco, em reunião realizada na tarde de segunda-feira (17), o respeito e a melhoria dos protocolos de prevenção ao contágio e propagação da pandemia causada pelo novo coronavírus, desde que a doença chegou ao país.

“São questões que envolvem desde a falta de insumos sanitários e equipamentos de segurança, até questões de gestão administrativa, que passam pela pressão pelo retorno ao trabalho de funcionários que coabitam com pessoas do grupo de risco, pela intempestividade desse retorno dos coabitantes, pela não priorização do atendimento aos serviços essenciais, pela ausência de testagem em massa e chegam à jornada de trabalho. O banco precisa ter a responsabilidade pela disponibilidade dos materiais de higiene e EPIs e pela orientação adequada aos gestores”, observam Marianna Coelho, diretora do Sindicato dos Bancários de Brasília e representante da Fetec Centro Norte na CEBB e a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Fernanda Lopes.


“Não é possível que a instituição não deixe claro que a prioridade neste momento é a saúde e a vida dos funcionários, fica parecendo que a responsabilidade de gestão dos funcionários, em um momento de pandemia, é completamente jogada nas costas dos gerentes. E aí descamba para o assédio moral e cobranças excessivas pelo cumprimento de metas, muitas vezes pela venda de produtos que não fazem parte do rol daquilo que são os serviços essenciais”, completou.


Além disso, dada a manifestação do banco Itaú quanto à continuidade do home office em virtude da pandemia até janeiro de 2021, questionamos o BB se pretende seguir a posição do Itaú, afirma Marianna.

Alertamos ainda o BB quanto ao aumento da incidência de casos confirmados entre os funcionários que estão em trabalho presencial, com relatos diversos conforme crescimento da curva da pandemia nesse momento, o que tem nos preocupado bastante, pondera Marianna Coelho.

A representação dos funcionários pede que o banco seja mais claro e mais incisivo em seus comunicados.

Ruídos de comunicação

Assim como já havia acontecido quando da revogação do uso do código 478 (em casa à disposição do banco) para abonar as horas e dias afastados, o comunicado para dizer que os funcionários que coabitam com pessoas de grupos de risco causou outra confusão de entendimento. Gestores entenderam o comunicado como sendo uma ordem de retorno ao trabalho dos coabitantes.


O banco não entende que os protocolos são insuficientes, mas admite que gestores podem estar entendendo os comunicados de maneira equivocada. O banco explicou que o home office continua sendo uma ferramenta a ser utilizada na pandemia e não existe determinação para retorno em massa das pessoas que estão dispensados do comparecimento ao trabalho por coabitarem com pessoas de grupos de risco.


“Como o banco entende que os protocolos são suficientes e adequados e o que pode haver são apenas interpretações equivocadas, cobramos que o banco reforce as orientações e seja mais claro em suas orientações para que se evite os erros de interpretação”, afirmou Fernanda.


O banco disse que vai analisar como ficará a situação dos pais com filhos em idade escolar e também vai convocar uma reunião com as gerências regionais de pessoas (Gepes) e outros departamentos para reforçar as orientações dos protocolos de prevenção à Covid-19 e de gestão administrativa.

MP 927 e custo dos exames

A representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG), Luciana Bagno, questionou sobre o custo de exames periódicos de saúde (EPS) em virtude da perda de validade da Medida Provisória 927/2020, que suspendia a exigência dos exames ocupacionais.


“Como a MP 927 caducou, os exames ocupacionais voltaram a ser exigidos. Só que os exames complementares terão caráter voluntário, não sendo obrigatória a apresentação dos resultados para a emissão do Atestado de Saúde Ocupacional. Ocorre que, quando se tratam de exames periódicos de saúde, o custo não é da Cassi, e sim do banco, que tem que disponibilizar para o funcionário a guia para a realização desses exames, o que ainda não está disponível”, explicou a dirigente sindical da Fetrafi/MG.

O BB disse que os exames complementares poderão ser feitos através do EPS e que o formulário estará disponível assim que for definida a data para início dos exames periódicos.


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