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17 de Agosto de 2020 às 18:11

Banco do Brasil insiste em apresentar propostas para retirada de direitos dos funcionários

Banco vai se reunir com gestores para eliminar ruídos de comunicação e reforçar necessidade de cumprimento dos protocolos sanitários de prevenção do contágio e resguardo à saúde dos funcionários, clientes e da população


Depois de apresentar na penúltima negociação uma proposta para redução dos períodos de avaliação da GDP para descomissionamento, com o consequente rebaixamento de salários, na reunião desta segunda-feira (17) com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o banco trouxe mais propostas que podem significar prejuízos aos funcionários: a proibição da acumulação e venda dos cinco abonos a que o funcionário tem direito a cada ano; o fim do descanso de 10 minutos a cada hora para os funcionários que atuam nas salas de autoatendimento e o registro do intervalo de descanso intrajornada para os funcionários de 6h, que pode ser ampliado de 15 para 30 minutos.

Além disso, o banco propôs a ampliação do prazo de gozo das folgas da Justiça Eleitoral de 60 para 180 dias e a implantação do ponto eletrônico para os funcionários da BB Seguridade, BBDTVM, FBB e BB Consórcios, e não avançou no retorno da obrigatoriedade das homologações serem realizadas no âmbito das entidades sindicais. 

“As propostas até agora apresentadas pelo banco não trazem avanços significativos para os funcionários e reproduz a pauta neoliberal do atual governo, com achatamento da remuneração dos trabalhadores das empresas estatais e com supressão de direitos arduamente conquistados pela luta organizada da classe trabalhadora”, analisa a diretora do Sindicato dos Bancários de Brasília e representante da Federação dos Bamcários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) na Comissão de Empresa dos Funcionários, Marianna Coelho.

“Se nas cláusulas sociais está deste jeito, podemos esperar algo ainda pior das negociações das cláusulas econômicas, na mesa única de negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, pondera João Fukunaga, coordenador da CEBB.

Só a luta te garante

“Mesmo com a necessidade de isolamento social em virtude da pandemia, os bancários devem compreender seu papel nas atividades de mobilização para pressionar os bancos por meio da atuação nas redes sociais”, avalia Marianna.

Fukunaga disse que a CEBB vai se reunir, mais uma vez, para avaliar as formas de mobilizar os funcionários para lutar contra as propostas que retiram direitos dos trabalhadores.


Fonte: Seeb Brasília, com Contraf-CUT


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