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28 de Abril de 2021 às 08:23

De braços cruzados, empregados exigem respeito e Caixa 100% pública


24 horas de paralisação nacional. 24 horas de luta contra a entrega de uma das maiores empresas do povo brasileiro ao mercado. Nesta terça-feira (27), empregados da Caixa de todo o país voltaram a fazer história ao cruzarem os braços e ampliarem o coro em defesa da Caixa e dos seus direitos. Em Brasília, a greve contou com diálogo com a população e manifestação pública de repúdio ao fatiamento da Caixa Seguridade. O movimento foi aprovado em assembleia remota realizada pelo Sindicato no último dia 22.

Além dos cartazes fixados em todas as agências, empregados e empregadas da Caixa pediram apoio da sociedade civil para garantir que a empresa continue sendo patrimônio brasileiro. Nos últimos meses, mais do que nunca, a Caixa e seus empregados tiveram papel fundamental na vida das pessoas, compondo a linha de frente no enfrentamento às consequências da pandemia do novo coronavírus.

Para a secretária-geral do Sindicato e coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara, a participação da população é parte imprescindível da luta em defesa da empresa. “É importante reforçar que o que está em jogo é a manutenção de uma das empresas que mais atua no âmbito social, que mais aplica políticas públicas para acesso a educação, moradia, esporte. Um banco centenário que merece respeito e valorização, assim como seus empregados”, frisa.

Diretora do Sindicato e secretária de Saúde da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Rafaella Gomes pondera que, “durante toda a pandemia, muitos empregados perderam a vida ou colocaram em risco a sua saúde e a de seus familiares para continuar oferecendo um atendimento de qualidade, principalmente àqueles milhões de brasileiros que receberam o auxílio emergencial. Agora, pedimos apoio e engajamento de todos para preservar a Caixa e seus serviços”.

Assédio aos trabalhadores

O Sindicato recebeu denúncias que dão conta de assédio por parte dos gestores aos empregados que aderiram à mobilização. Um comunicado enviado aos trabalhadores, além de cobrar que manifestassem sua participação na greve, também informa que o dia paralisado deverá ser homologado no ponto como falta não justificada.

A prática antissindical, de intimidação do trabalhador, foi duramente criticada pelo Sindicato, que orientou os empregados a não responderem ao comunicado. A entidade, juntamente com as demais representações dos trabalhadores, vão cobrar retratação da direção da Caixa.

> Caixa cobra manifestação de adesão à greve para intimidar empregados com corte de ponto. Sindicato orienta não responder

Direção da Caixa vai ao TST

Judicializando o conflito trabalhista, a direção da Caixa recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que 60% dos trabalhadores, tanto do regime presencial quanto do home office, fossem mantidos em atividade. O pedido de tutela provisória ajuizada foi retrucada pelos representantes dos trabalhadores com a exigência de respeito, por parte da Caixa, ao direito constitucional de paralisar dos 40% que aderiram à greve.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também cobrou, conforme a decisão judicial, que os empregados em atividade tivessem garantidas todas as cautelas, zelo, equipamentos, cuidados e precauções determinados pela Ciência e pelas instituições afins a essa temática da saúde pública para preservar a saúde e a vida. 

Vacina já!

As atividades foram encerradas no início da noite, com um protesto do Sindicato em frente ao Matriz I exigindo vacina já para todos e em defesa do SUS.


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