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19 de Janeiro de 2022 às 08:36

161 anos: Caixa, o banco de todos os brasileiros, brasileiras e da Danielle Barros


“Fiz o primeiro concurso da Caixa em 2010. Dois anos depois, encarei mais uma vez a prova. Em 2014 lá estava eu, de novo, persistindo pelo mesmo objetivo e em maio de 2021, quando estava desempregada, como milhares de brasileiros em meio a uma pandemia, meu sonho virou realidade”, conta emocionada a bancária da Caixa Econômica Federal em Santarém, Danielle Barros.

Há 7 meses, a bancária mudou de vida, de endereço, de cidade. Nesse mesmo período, ela também não tem o abraço, o sorriso, o carinho de todos os dias da família e dos amigos. “Fiz o concurso para o micro pólo Belém, que além da capital, abrangia Ananindeua e Marituba, mas não tinha vaga, então me chamaram para o macro pólo em Santarém, e hoje cá estou eu, longe da família e amigos, sentindo muita falta, cheia de saudades”, conta Danielle.

Em fevereiro de 2021, ela foi demitida da empresa que trabalhava como prestadora de serviços; mas 5 meses depois, a notícia que ela tanto esperava, que por vários momentos achou que nunca pudesse chegar, veio através de um dos meios que mais aproximou pessoas mesmo à distância nessa pandemia: a internet. “Em maio de 2021, chega o e-mail mais esperado da minha vida, o da minha convocação na Caixa, pulei, chorei, minha família chorou comigo, agradeci muito a Deus, fui admitida em 14 de junho de 2021, hoje estou como funcionária pública federal”, comemora.

Mas a história de vida da Danielle com a Caixa começou ainda na adolescência. O ano era 1991, quando aquela menina de 16 anos pisou pela primeira vez numa agência da Caixa, como menor auxiliar, através de um projeto da República de Emaús do pequeno vendedor.

“Fiquei até os meus 18 anos. Como eu era uma menina esforçada e que gostava de aprender as atividades, me deram a oportunidade de ser estagiária, mas tive que mudar a área de meus estudos, que na época era CE (Ciências Exatas). Mudei sem medo para ser técnica em contabilidade, pois só poderia estagiar com curso profissionalizante. Para quem não gostava muito de matemática, me saí bem”, relembra.

Mais 2 anos, término do estágio; mas não o fim de um ciclo. De estagiária para prestadora de serviços. Danielle foi contratada. “Continuei trabalhando em áreas administrativas, quanto então me apaixonei pelos serviços prestados pela Caixa, e lembro que foi a partir daí que nasceu em mim um objetivo: o de me transformar em uma funcionária da Caixa, ter a minha estabilidade. E para esse meu percurso de vida, Deus colocou as pessoas certas em meu caminho, não vou citar nomes, pois não quero esquecer de ninguém, elas irão saber de quem estou me referindo, que foram quem me deram força, coragem, se dispuseram a me ajudar naquilo que eu precisasse, então coloquei a cabeça, sem medo e mesmo não gostando de matemática”, explica.

2010, 2012 e 2014; como Danielle contou no início dessa matéria; há 8 anos, o objetivo dela que virou sonho e depois transformou-se em realidade. “Confesso que não estudei o bastante para passar na primeira tentativa, mas ganhei experiência para o próximo que foi dois anos depois. Daquela vez me matriculei em um curso preparatório, trabalhava de dia e ia para o curso a noite. Deixei família, amigos e lazer de lado, me dediquei totalmente, mas como é o destino… fiz uma boa colocação em conhecimento específico, mas quando chegou na redação perdi para mim mesma, em vez de fazer as 25 linhas fiz só 20 fiquei traumatizada. Como? Por quê? O quê eu fiz?”, se questionava.

Mas Danielle não desistiu, em 2014, diferente de 2012, ela não fez nenhum curso preparatório; mas as experiências adquiridas nas provas dos anos anteriores foram intensificadas com um único grupo de estudo na casa de uma amiga. Mais uma vez Danielle teve que abrir mão de estar junto da família.

“Ia estudar todo o final de semana. Éramos uma turma de cinco pessoas. Lembro que saía de casa às 7h da manhã e retornava às 20h. Cansada, acabada; até que chegou o dia da prova. Respondi as questões que eu tinha certeza e deixei 20 questões sem responder, quando saiu o resultado na banca organizadora não acreditei que eu havia passado, então esperei a confirmação no Diário Oficial; e quando finalmente foi confirmado veio aquela retrospectiva, as lembranças de tudo que passei para alcançar esse objetivo (pausa) até me emociono ao relatar. Da turma de estudos eu fui a única que passou. Tudo é do tempo de Deus”, afirma.

Vale ressaltar que a convocação, mesmo que lenta, de mais três mil aprovados no concurso em 2014 é graças às mobilizações das entidades sindicais.

A autorização se deu por meio da Portaria Nº 10.070 da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) publicada em agosto do ano passado, que aumentou o quadro de 84.544 para 87.544 bancários e bancárias em todo o Brasil.

Danielle Barros tomou posse na Caixa 100 anos depois em que se registrava a primeira mulher da categoria bancária no Brasil. Aurora Gouveia foi lembrada pela própria empresa em campanha alusiva ao Dia Internacional da Mulher em 2014, ano também em que Danielle passou no concurso público da Caixa.

Qualquer semelhança, da história da Danielle com a história da Caixa, é mera coincidência. O que não foi por acaso foi a persistência da bancária que celebrou, pela primeira vez, junto com os novos colegas de trabalho da agência Santarém, os 161 anos da Caixa Econômica Federal, o único banco brasileiro feminino até no nome, assim como o da Danielle.

Assista aqui o depoimento emocionante da bancária

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Fonte: Bancários PA


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