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17 de Janeiro de 2022 às 10:45

Inflação deve continuar alta em 2022. Péssima notícia


O ano de 2022 começou com as mesmas projeções ruins de 2021. Segundo expectativas, baseadas no Banco Central, a inflação será novamente acima do teto da meta.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 10,06% no ano passado, mais do que o dobro do ano anterior, quando registrou 4,52%. Para 2022, a previsão é de que continue subindo.

Segundo o Dieese, o cenário se agrava por conta de decisões equivocadas do governo Bolsonaro. A avaliação é de que há uma orientação da União para controlar os chamados preços administrados de produtos que pressionam o consumo, somente a política pública de maior lucro, com o exemplo da gasolina, reajustou 47,49% em 2021, enquanto o etanol aumentou 62,23%.

A energia elétrica, outro item essencial, também registrou alta acima dos dois dígitos, de 21,21%, seguido pelo gás de cozinha que teve aumento médio de 36,99%. O resultado da política que prioriza o lucro de um pequeno e seleto grupo é o brasileiro médio, que se vê mais empobrecido, e o que já era pobre, encara a dura realidade da miséria.

E 2022 já começa com novos aumentos nos combustíveis

O ano nem bem começou e o governo Bolsonaro já promoveu novos aumentos nos combustíveis, válidos desde o dia 12 de janeiro de 2022. A gasolina teve alta de 4,85% e o Diesel, que afeta diretamente no transporte das mercadorias e nos bens de consumo, entre eles a alimentação, teve alta ainda maior, sendo majorado em 8,08%.

A economista-chefe do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), especialista do setor energético, Juliane Furno, lembra que o Estado brasileiro hoje fica com apenas 34% de todo o lucro gerado pela Petrobras, enquanto os investidores externos são os principais beneficiários do lucro da companhia.

Segundo ela, de 2018 para 2019, por exemplo, o lucro distribuído aos acionistas cresceu 51%, “para a alegria dos representantes do ‘mercado'”, frisa Juliane. Já o aumento dos combustíveis, segundo ela, colabora para que todas as mercadorias também fiquem mais caras, estrangulando ainda mais o orçamento das famílias, que sofrem com a volta da fome, o desemprego e cortes de salários. 


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