Notícias

home » notícias

5 de Abril de 2022 às 17:13

De fora pra dentro: Campanha de combate ao ‘Assédio moral: diga não, denuncie’ chega à matriz do Banpará


“Quando as palavras dão lugar às lágrimas que parecem não ter fim, ao sentimento de humilhação, constrangimento, dor, o assédio moral já ultrapassou as barreiras do ambiente de trabalho e o trabalhador e trabalhadora, infelizmente, está quebrado, com sinais físicos e principalmente mentais, que é onde o assédio afeta primeiro. E nesse momento crítico e também delicado, ele precisa imediatamente ser afastado com indicação médica e ser acolhido pelo Sindicato, família e colegas de trabalho”, orientava a vice-presidenta do Sindicato e bancária do Banpará, Vera Paoloni, um colega de banco.

Assim como o bancário que não terá a identidade revelada, outras denúncias de assédio moral, de bancos públicos e privados, têm chegado ao Sindicato. “Sabemos que a prática de assédio moral não ocorre somente no Banco do Estado do Pará; infelizmente é algo comum em todos os bancos; aliás em muitas empresas; mas durante as Caravanas, com a divulgação da nossa campanha ‘Assédio Moral: Diga não, denuncie”; alguns colegas têm rompido a cultura do medo e nos chamado em particular para falar dos assédios. Assim que recebemos a denúncia, além de orientarmos a vítima, acionamos o banco que é de fundamental importância, no processo de solucionar o problema, receber o Sindicato, ouvir e apontar saídas possíveis para combater o assédio; como deve ocorrer hoje aqui na matriz do Banpará que recebeu nosso pedido de reunião formalmente, via ofício, na última sexta-feira”, destaca a diretora do Sindicato e também bancária do banco, Érica Fabíola.

Clique aqui para fazer sua denúncia

No primeiro semestre do ano passado, os relatos de assédio moral e sexual registraram a marca de 31 mil denúncias, em 347 empresas. O índice representa quase o triplo dos anos de 2019 e 2020, que, considerando os 12 meses do ano, atingiram as marcas de 12.349 e 12.529 casos respectivamente. O levantamento é da Consultoria de gestão de riscos e compliance ICTS Protiviti, que recebe denúncias em empresas.

Documento protocolado, ato público registrado e Sindicato recebido pela presidenta do banco, Ruth Méllo; juntamente com diretor administrativo, Paulo Arévalo; e comercial, Jorge Antunes; na manhã desta segunda-feira (4).

Durante a reunião, as dirigentes sindicais, Vera Paoloni e Érica Fabíola, ratificaram a campanha de combate ao assédio moral, lançada pelo Sindicato em novembro do ano passado e que está percorrendo todo o Pará através da Caravana Bancária. “Queremos de alguma forma encorajar os colegas a denunciarem sem receio de retaliação, pois só assim teremos ciência do que de fato está ocorrendo e poder tomar as medidas cabíveis. O medo silencia as vítimas que têm receio de não progredirem na carreira se revelarem o que acontece. E o assédio se dá de várias formas, mas tem sempre o tom da pressão, da ameaça e isso é inadmissível, pois colegas vão adoecer, ficar em pedaços”, diz Vera Paoloni.

Além da campanha, outro dispositivo de combate a prática que existe há mais tempo e que está em período de eleição, é o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) e também de Combate ao Assédio Moral e Sexual, que possui e-mail exclusivo para receber denúncias que são debatidas nas reuniões do CRT e depois encaminhadas para a presidência do banco. “Apesar de não ter poder deliberativo, o Comitê é consultivo, com permissão de indicar temas a serem debatidos; estão garantidos no Acordo Coletivo de Trabalho; constituídos de forma paritária na representação dos colegas e do banco”, explica Érica Fabíola.

Depois de ouvir a entidade sindical, a presidenta do Banpará, Ruth Méllo, garantiu que, assim como o Sindicato, é contra tal prática, que considera não ser sistêmico e sim, casos isolados; e que também vai reforçar a divulgação do canal do CRT e reunir com gerentes regionais e outros gestores para reforçar o combate contra todos os tipos de assédio moral na instituição pois, de acordo com a presidenta do banco, “o assédio moral não cabe no banco”.

Outras demandas

O Sindicato solicitou ainda respostas de outras demandas apresentadas na primeira reunião com a presidência do Banpará que informou que todos os pontos estão sendo analisados e serão respondidos assim que possível.

 

Fonte: Bancários PA com informações CUT Nacional


Notícias Relacionadas