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20 de Agosto de 2021 às 17:58

Sindicato em defesa do BB pública realiza jornada para evitar o desmanche da Fundação Banco do Brasil


A Fundação Banco do Brasil (FBB), sem sombra de dúvidas, pelos relevantes serviços prestados à população brasileira mais vulnerável, é reconhecida como uma instituição que transforma realidades e gera oportunidades. Indiscutível braço social do Banco do Brasil, sua atuação ao longo dos seus 35 anos de existência busca atuar relacionando-se com os distintos entes federados, estabelecendo parcerias também privadas na busca de soluções de baixo custo que possam apoiar e viabilizar a inclusão, a partir da efetiva transformação social de catadoras de materiais recicláveis, pequenos agricultores, atingidos por barragens, quilombolas, indígenas.

Porém, a efetividade dessas ações encontra-se ameaçada. E os motivos estão aí: interesses privatistas articulados a partir do Ministério da Economia, como evidenciado nas vexatórias falas públicas de ministro e subordinados.

> Erika Kokay vai à Presidência do TCU em defesa dos servidores da Fundação Banco do Brasil

“No dia 23 de março deste ano, o Sindicato toma conhecimento de processo no Tribunal de Contas da União (TCU) com implicações que pudessem comprometer a continuidade da trajetória da atuação da Fundação Banco do Brasil. Daí então buscamos uma série de agendas com diferentes intervenientes, com vistas a evitar prejuízos à imagem, ao valor e ao papel público do Banco do Brasil, para tanto defendendo intransigentemente o fortalecimento do modelo de atuação da FBB para a transformação social do país”, explica o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

Diante desse quadro, reunidos com os funcionários do BB na Fundação Banco do Brasil, o Sindicato traçou um plano de lutas, a partir do agendamento de reuniões com o presidente e vice-presidente Coorporativo do BB – respectivamente, Fausto Ribeiro e Ênio Ferreira, com a direção da FBB, a presidenta do TCU, ministra Anna Arraes, membros do MPDFT, movimentos sociais e, na tarde desta quinta-feira (19), com o ministro do TCU e relator do acórdão, Raimundo Carreiro.

Nas sucessivas audiências que o Sindicato dos Bancários de Brasília tem realizado, em parceria com a deputada federal do PT-DF Erika Kokay, percebemos que os argumentos usados pelas partes envolvidas nem de longe esgotam o repertório da importância e grandeza da Fundação ao BB e à sociedade, enquanto braço social que é. “Nossa luta é para que a decisão recente, de 14 de outubro de 2020, seja revista pelo Tribunal de Contas à luz de outros e decisivos argumentos”, explica o diretor do Sindicato e ex-funcionário da FBB, Humberto Maciel.

A situação do processo no TCU, ao determinar ao Banco do Brasil a elaboração de plano de ação para dotar a FBB de quadro próprio de empregados, inclusive com as necessárias alterações estatutárias, ameaça enormemente a continuidade do alcance das ações realizadas pela Fundação.

“Apelamos para que a decisão possa ser revista, pois ela significa abandonar o emprego de mão de obra de extrema e complexa capacitação à transformação social. Relatório de gestão de 2019 revela que 42% dos funcionários cedidos pelo BB à FBB possuem de 10 a 15 anos de atuação na entidade, e isso é o diferencial que agrega valor, efetividade e segurança do investimento necessário à transformação social”, sustenta a deputada federal Erika Kokay.

Apenas na última década – 2010 a 2020 – o investimento social de R$ 3,1 bilhões realizado pela FBB alcançou mais de 2 mil municípios e impactou com significativas transformações a vida de mais de 5,6 milhões de pessoas.

As ações desenvolvidas têm o reconhecimento, por diversos organismos, da sua efetividade. O que é devido à competência, ao aperfeiçoamento técnico e à identidade dos profissionais, empregados do BB cedidos à FBB, identificados com os propósitos da busca por transformações sociais com desenvolvimento sustentável.

Como diz o dito popular, “em time que está ganhando não se mexe”. Nesse sentido, o Sindicato luta para ter conhecimento pleno e o direito de manifestar-se nos autos da ação no TCU, enquanto terceiro interessado, o que é imperioso para realizar intransigentemente a defesa da FBB, e, ao fazê-lo, estamos fortalecendo o BB contra o desmanche e privatização.

Da Redação


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