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25 de Outubro de 2021 às 06:58

Plenária de funcionários do BB reforça ações pela implementação do acordo de teletrabalho


O Sindicato realizou na noite dessa quinta-feira (21) plenária com os colegas do BB lotados em centros administrativos com vistas a debater as condições de retorno ao trabalho presencial. O objetivo da reunião foi esclarecer e organizar as tratativas de negociação e fiscalização das condições de trabalho no banco.

Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, “é preciso deixar claro que a tomada de decisão do Banco do Brasil não está justificada em parâmetros de razoabilidade negocial”, destaca o dirigente. “Nas primeiras reuniões de negociação que tivemos com o banco, fizemos essas provocações, com base inclusive nas próprias declarações à imprensa e notas explicativas dos balanços financeiros recentes da instituição que atestam ganho de produtividade com a implementação do modelo de home office, decorrente da pandemia. Logo, o que se vê é uma decisão com fundamentos ideológicos, lamentavelmente,” conclui.

Após explicar os objetivos da plenária e dar informes das negociações com o BB, a direção do Sindicato debateu e esclareceu questões levantadas.

Os funcionários colocaram em destaque na plenária o seguinte questionamento: Qual a explicação para o retorno presencial, sendo que o trabalho de forma remota atendeu plenamente as expectativas, segundo avaliação da própria instituição?

A conclusão é de que a postura do BB configura retrocesso de trabalho remoto com uma super inovação. Desconsidera os benefícios como redução de custos e melhora na qualidade de vida dos funcionários.

Também foram destacadas situações em que o espaço de trabalho é totalmente restritivo à saúde, sobretudo em tempos de pandemia. A “Sala da Nasa”, na Ditec, foi um dos exemplos destacados. Lá, convivem dezenas de pessoas num espaço fechado, sem qualquer possibilidade de circulação e renovação de ar.

Para os participantes da plenária, a solução para o constrangimento e a insegurança causados pela direção do BB é possível e está prevista. Basta implementar o acordo de teletrabalho, pós-Covid.

Fortalecimento dos protocolos

As medidas exigidas passam pelo fortalecimento dos protocolos para o retorno ao trabalho presencial, com destaque para:

  • Negociar e garantir testagem periódica;
  • Como proceder diante de situação de colegas que não usam máscaras;
  • Fortalecer a fiscalização nos locais de trabalho, de modo a verificar cumprimento rigoroso de todos os protocolos;
  • Requerer, via administração predial, o plano de manutenção, operação e controle de ar condicionado;
  • Estimular a fiscalização por meio do preenchimento e disseminação de formulário, com vistas a verificar a observância pelo BB de todos os protocolos e medidas de segurança contra a Covid pactuados e/ou recomendados pelas autoridades sanitárias.

Para a diretora da Fetec-CUT/CN Rejane Marques, “é importantíssimo que o BB valorize a negociação coletiva e implemente medidas que fortaleçam os protocolos de enfrentamento à Covid, como a adoção de turnos nos locais de trabalho, com vistas a diminuir o número de pessoas durante o mesmo período nas dependências. Isso reduzirá os riscos de contaminação entre os colegas”.

Também participaram da plenária os dirigentes Adamour Lobo, Fernando Vargues, Wescly Queiroz e Zezé Furtado.

Encaminhamentos

  • Lutar pela implementação do acordo de teletrabalho, ou pós-covid, a partir da mobilização e organização de atos e ações locais e dialogar nacionalmente a construção de atividades junto à Comissão de Empresa do BB;
  • Buscar aprimorar as medidas e protocolos no manual de trabalho presencial do BB, junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), com vistas a maior proteção contra a covid-19;
  • Solicitar que a conselheira e representante dos trabalhadores reforce no CA do banco o questionamento e peça explicações em relação à fundamentação negocial da decisão de retorno ao trabalho presencial tomada pelo Conselho Diretor do banco.

A plenária reforçou o entendimento de a decisão administrativa do BB de retomar o trabalho presencial ainda em plena pandemia é irascível e contraria a tomada de decisão pautada na sustentabilidade, com respeito ao clima organizacional que reflete diretamente nos índices de produtividade, já apresentados pelo banco.

Da Redação


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