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9 de Novembro de 2020 às 15:48

Guedes pode estar por trás do desmantelamento da auditoria do Banco do Brasil

Deputada Érika Kokay (PT-DF) denuncia maracutaias contra Banco do Brasil e protocola requerimento para exigir explicações do ministro da Fazenda


A deputada federal Érika Kokay (PT-DF) protocolou requerimento de informações dirigido ao ministro da Fazenda Paulo exigindo explicações para uma série de ações suspeitas recentes dentro do Banco do Brasil, que prejudicam a instituição e favorecem bancos privados como o BTG Pactual. Assista no vídeo os questionamentos da parlamentar, funcionária da Caixa e ex-presidente do Sindicato de Brasília.

No requerimento, única forma legal que os parlamentares têm para interpelar ministros de Estado, Érika pede explicações sobre as seguintes questões:

1. Por que o governo Bolsonaro/Guedes está atacando a auditoria interna do Banco do Brasil, tirando o auditor-geral e substituindo-o por “uma pessoa sem qualquer experiência na fiscalização e controle”?

2. Por que os membros remanescentes da auditoria interna estão agora vinculados à presidência do Banco do Brasil, perdendo autonomia de investigação?

3. Por que a auditoria já não participa de todas as reuniões do Conselho de Administração do BB? “Se for verdade que a auditoria só vai participar de 3 em 3 meses, com prazo de 20 minutos, está desprezando e tentando desmontar a auditoria interna do Banco do Brasil, desconhecendo a capacidade e o compromisso dos funcionários e funcionárias do Banco do Brasil”, questiona Érika Kokay.

4. O que há por trás do projeto Sirius, associação entre o BB e a empresa suíça UBS Group AG?

5. Por que não houve investigação sobre a interrupção da campanha publicitária do BB a pedido do presidente Bolsonaro?

6. “Queremos saber também se é verdade que a presidência do banco impediu que a auditoria pudesse investigar o patrocínio da instituição para sites de fake news”, questiona a deputada federal.

7. Se é verdade que o ex-presidente Rubem Novaes e o vice-presidente da República, general Mourão, que teve um filho funcionário do BB promovido a diretor, interferiram na nomeação de conselheiros de empresas participadas pela Previ. “Porque, ao que tudo indica, já havia um processo de seleção e eles reviram todo esse processo seletivo para colocar, talvez, os seus apadrinhados”, comenta Érika no vídeo.

8. “Guedes tem que explicar por que o Banco do Brasil vendeu uma carteira avaliada em R$ 3 bilhões por pouco mais de R$ 300 milhões para o PTG Pactual, o banco do Guedes”, indaga a deputada federal brasiliense. “O Guedes pode ser dono do BTG Pactual, mas não é dono do Banco do Brasil. O Banco do Brasil pertence ao povo. E o Banco do Brasil tem uma qualidade no seu funcionalismo que é absolutamente notável.”

Responda, Guedes

“Por isso, Guedes, não brinque com o Banco do Brasil. Não pense que você pode utilizar o BB para os seus negócios excusos. Não pense que você vai dominar essa auditoria do Banco do Brasil como você quer”, continua a deputada Érika Kokay no vídeo.

“Guedes, responda ao requerimento. Responda, porque o banco é do Brasil. O banco é do povo. O banco tem história. Está aqui desde 1808 e não podemos admitir que vocês achem que esse banco é do governo Bolsonaro. Ou que o banco é do senhor, Paulo Guedes. O seu banco é o BTG Pactual, que o senhor quer favorecer todos os dias, se utilizando de um patrimônio que é do povo brasileiro”, conclui a parlamentar.


Fonte: Fetec-CUT/CN


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