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8 de Dezembro de 2021 às 18:22

Avançam negociações com o Banco do Brasil sobre retorno ao trabalho presencial

Bancários conquistam cumprimento de protocolos de segurança sanitária em mesa de negociação com a direção do BB. Reunião foi nesta terça 7


A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com o banco na tarde desta terça-feira (7) para debater sobre o retorno ao trabalho presencial do grupo de risco. O principal avanço do encontro foi a manutenção em home office de grávidas, imunossuprimidos (indivíduos que possuem uma condição de saúde que faz com que seus corpos respondam menos a qualquer tipo de vacina), pessoas em tratamento contra o câncer e com deficiência auditiva. Também permanecem em home office as pessoas que não se vacinaram por indicação médica.

"O banco merecde crítica pelo fato de ter feito o chamamento dos funcionários dos grupos de risco, descumprindo o que estava previsto no acordo coletivo e na Convenção Coletiva da categoria, que era de negociar antes de fazer o retorno ao trabalho, mas acreditamos que podemos avançar e encontrar solução na mesa de negociação", afirma Cleiton dos Santos, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) e funcionário do BB.

"Os trabalhadores dos grupos de risco precisam ser protegidos para garantir a vida, considerando que a pandemia não acabou, ainda mais agora com o aparecimento de uma nova cepa sobre a qual ainda não temos informações suficientes para podermos relaxar as medidas sanitárias. Portanto, o movimento sindical demonstra a preocupação com a segurança e as condições de trabalho, e sobretudo com a vida dos funcionários do Banco do Brasil", acrescenta Cleiton.

“Consideramos um avanço esse retorno do banco, fruto de reiterados pedidos nossos, representantes dos trabalhadores, para proteger funcionárias e funcionários em condições que os colocam no grupo de risco”, apontou Fernanda Lopes, secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB. “Cada dia no trabalho presencial é um grande risco de vida para esse grupo de pessoas, mesmo que vacinadas. A pandemia não acabou”, completou.

Os bancários que se enquadrarem no grupo que deve permanecer em trabalho remoto deverão encaminhar laudo médico comprovando a condição e indicando afastamento do trabalho presencial aos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt), localizados nas Gerências Regionais de Gestão de Pessoas. Demais casos com indicação de afastamento das atividades presenciais também devem ser encaminhados ao Sesmt para avaliação.

Mobilização nacional

A CEBB cobrou do banco mais contratações, único meio para resolver a sobrecarga e melhorar as condições de trabalho nas agências e unidades administrativas do BB. Os representantes dos funcionários do BB reivindicaram, ainda, a implementação do acordo de teletrabalho.

Também nessa terça-feira (7), horas antes da mesa de negociação entre a CEBB e o BB, funcionários e funcionárias do banco realizaram o Dia Nacional de Luta, denunciando a sobrecarga no trabalho por causa da implementação de metas abusivas e da redução do quadro de pessoas.

“As mobilizações em todo o país mostraram a indignação com as atitudes do BB, tomadas de forma unilateral. Os sindicatos fizeram o seu papel que foi cobrar respeito e negociar, buscando saídas para todas as questões que envolvem a segurança e manutenção dos postos de trabalho”, destacou Fernanda Lopes. “O banco tem que aprender a respeitar seus funcionários não somente por meio de palavras, mas através de atos também”, concluiu.


Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT


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