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17 de Agosto de 2020 às 15:48

Negociação sobre cláusulas sociais termina sem avanços no Banco da Amazônia

Na quarta rodada de negociações, realizada nesta segunda 17, entidades exigem apresentação de proposta para o novo PCCR dos empregados e empregadas da instituição


A semana decisiva da Campanha Nacional 2020 começou com a quarta rodada de negociações das entidades sindicais com o Banco da Amazônia, onde as cláusulas sociais do novo Acordo Coletivo de Trabalho estiveram em discussão.

Na abertura dos trabalhos, as entidades solicitaram que o banco se manifeste sobre a proposta do pré-acordo apresentado. O banco limitou-se a informar que vai aguardar a proposta da Fenaban, mas assumiu o compromisso de se manifestar na próxima reunião agendada para essa quarta-feira 19/08.

PCCR

O Banco da Amazônia informou que terá que fazer uma nova avaliação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração – PCCR, pois alega que o órgão regulador devolveu o projeto para a instituição, para que fossem feitos ajustes na proposta apresentada.

As entidades entendem que o banco deve assumir o compromisso de apresentar uma proposta sobre esse tema, pois o debate já se alonga por muitos anos, fato que causa desconforto aos empregados que ficam sem perspectiva de progressão na carreira profissional.

“Não vamos aceitar que o Banco da Amazônia, mais uma vez, deixe de apresentar uma proposta concreta para construção do novo PCCR dos empregados e empregadas da instituição. Isso é um desrespeito inadmissível, tendo em vista que não há atualização da tabela do nosso PCCR desde 1994. Essa pauta histórica é prioridade para nós e queremos uma resposta”, destaca o diretor da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) e coordenador da Comissão de Empresa dos Empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Prioridades dos empregados

Dos artigos que foram apresentados pelo banco, as entidades sindicais destacaram que não tem como concordar com patamares menores dos que já estão colocados no ACT vigente.

Para as entidades, temas como Comissão de Segurança Bancária, Plano de Cargos e Salários, Banco de Horas, Sindicalização, Melhoria de infraestrutura nas unidades, Seguros de Vida, Cursos de Aprimoramento Profissional são prioridades na Campanha Nacional 2020 para os empregados e empregadas do Banco da Amazônia.

Além disso, as entidades solicitaram que na próxima reunião o banco apresente uma proposta para que seja apreciada pelos empregados do Banco da Amazônia, considerando que a Fenaban já deve apresentar uma proposta na reunião dessa terça-feira (18) como Comando Nacional da categoria bancária.

“Infelizmente o Banco da Amazônia tem seguido a mesma lógica de condução das mesas de negociação de anos anteriores, sempre esperando o resultado da mesa da Fenaban para poder apresentar uma proposta para a categoria. Lamentavelmente a mesa segue sem avanços por falta de vontade da instituição”, critica o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.

“A diretoria do Banco da Amazônia precisa adotar uma postura de defesa da instituição enquanto um banco público, que tem grande importância para o cenário do desenvolvimento regional, para que nossas rodadas de negociação sejam mais propositivas e construtivas”, pontua o presidente da Fetec-CUT/CN, Cleiton dos Santos.

“Estamos em uma semana decisiva para os rumos da nossa Campanha Nacional e o Banco da Amazônia precisa começar a dar respostas para as demandas específicas de seus empregados, como no caso das cláusulas sociais. Esperamos que a mesa da próxima quarta-feira (19) seja mais produtiva”, ressalta a diretora da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

Representaram a categoria na mesa de negociação o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos; Sérgio Trindade, secretário-geral e empregado do banco, Suzana Gaia, diretora administrativa e empregada do banco; Cleiton Santos, presidente da Fetec-CUT/CN; Rosalina Amorim, diretora da Contraf-CUT; além do assessor jurídico, Luiz Fernando Galiza.

Pelo Banco da Amazônia participaram Francisco Moura, gerente da GESOP; Bruna Paraense, gerente da GEPES; e Eder Picanço, gerente executivo jurídico.

Temas em debate na 4ª Rodada do Banco da Amazônia:

ARTIGO 6º. DAS FÉRIAS.
ARTIGO 14. TERCEIRIZAÇÃO.
ARTIGO 15. ABONO ASSIDUIDADE.
ARTIGO 16. ISENÇÃO DE TARIFAS E JUROS.
ARTIGO 21. DAS CIPAS.
ARTIGO 22. COMISSÃO DE SEGURANÇA BANCÁRIA
ARTIGO 23. FREQUÊNCIA LIVRE DE DIRIGENTES SINDICAIS
ARTIGO 24. DELEGADO SINDICAL.
ARTIGO 25. DIVULGAÇÃO DE COMUNICADOS
ARTIGO 26. SINDICALIZAÇÃO
ARTIGO 33. AUSÊNCIAS ABONADAS.
ARTIGO 34. CONVERSÃO DE FALTA JUSTIFICADA NÃO ABONADA.
ARTIGO 36. FIM DA LATERALIDADE
ARTIGO 37. REVOGAÇÃO DA NP 118.
ARTIGO 43. ISONOMIA ENTRE SUPERVISORES.
ARTIGO 45. ESTABILIDADES PROVISÓRIAS NO EMPREGO.
ARTIGO 47. AUSÊNCIAS AUTORIZADAS.
ARTIGO 48. ACESSO ÀS FUNÇÕES COMISSIONADAS PELOS MEMBROS DO QUADRO DE APOIO.
ARTIGO 49. ISONOMIA DE TRATAMENTO.
ARTIGO 50. CONCORRÊNCIA SELETIVA PARA CARGOS COMISSIONADOS.
ARTIGO 51. COMISSÃO PARITÁRIA PARA SELEÇÃO INTERNA E PROMOÇÕES.
ARTIGO 52. MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL.
ARTIGO 53. PARTICIPAÇÃO DE EMPREGADOS NO COMITÊ DE RECURSOS HUMANOS E RELAÇÕES SINDICAIS (COMIR)
ARTIGO 54. COMITÊ DE PLANEJAMENTO.
ARTIGO 55. NEGOCIAÇÃO PERMANENTE.
ARTIGO 56. DAS MESAS PARITÁRIAS ESPECÍFICAS.
ARTIGO 61. MELHORIA DA INFRAESTRUTURA NAS UNIDADES.
ARTIGO 62. JORNADA DE TRABALHO.
ARTIGO 63. SEGUROS DE VIDA, DE ACIDENTES PESSOAIS E DE ASSISTÊNCIA FUNERAL.
ARTIGO 64. LIBERAÇÃO DE DIRIGENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS EMPREGADOS DO BANCO DA AMAZÔNIA.
ARTIGO 65. REUNIÕES COM ENTIDADES SINDICAIS.
ARTIGO 66. CUSTEIO DO VALOR DA ANUIDADE PROFISSIONAL.
ARTIGO 67. FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS E IMÓVEIS PARA OS EMPREGADOS.
ARTIGO 68. REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS NA DIRETORIA.
ARTIGO 69. RETENÇAO DA POUPANÇA REGIONAL.
ARTIGO 70. EM DEFESA DO BANCO.
ARTIGO 71. RECOMPOSIÇÃO SALARIAL.
ARTIGO 72. PROGRAMA DE INCENTIVO À FORMAÇÃO PROFISSIONAL.
ARTIGO 73. CURSOS DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL.
ARTIGO 75. DIVULGAÇÃO DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO.
ARTIGO 76. DO PONTO ELETRÔNICO.
ARTIGO 77. GRATIFICAÇÃO POR PÓS-GRADUAÇÃO.
ARTIGO 78. AMPLIAÇÃO DO QUADRO DE EMPREGADOS.
ARTIGO 83. PERÍODO DE AMAMENTAÇÃO.
ARTIGO 84. DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS.
ARTIGO 85. DA REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DO BANCO.
ARTIGO 87. OUVIDORIA INTERNA.
ARTIGO 89. REFORMA E REESTRUTURAÇÃO DOS ESPAÇOS DE TRABALHO.
ARTIGO 91. NEGOCIAÇÃO EXCLUSIVA COM AS ENTIDADES SINDICAIS.
ARTIGO 92. EFEITO DAS NORMAS COLETIVAS.
ARTIGO 93. RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO E HOMOLOGAÇÃO.
ARTIGO 94. JORNADA DE TRABALHO.
ARTIGO 95. ACESSO DOS REPRESENTANTES SINDICIAS.
ARTIGO 97. DA NULIDADE DA RESCISÃO POR COMUM ACORDO.
ARTIGO 98. BANCO DE HORAS.
ARTIGO 99. DO PARCELAMENTO DAS FÉRIAS.
ARTIGO 100. DA LIBERDADE SINDICAL.
ARTIGO 101. DA VEDAÇÃO DE PRÊMIOS POR PRODUTIVIDADE.
ARTIGO 102. DA NULIDADE DE QUITAÇÃO ANUAL DE PASSIVO TRABALHISTA.
ARTIGO 103. DA REPRESENTAÇÃO INDIVIDUAL DE EMPREGADOS.
ARTIGO 104. GRUPO DE TRABALHO SOBRE A REFORMA TRABALHISTA.
ARTIGO 105. DA IMPLEMENTAÇÃO UNILATERAL DE PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS.
ARTIGO 106. VIGÊNCIA

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Bancários PA


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