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26 de Fevereiro de 2022 às 08:08

Fora Valdecir: empregados pedem a saída do presidente do Banco da Amazônia


O Quadro de Apoio do Banco da Amazônia segue no movimento de resistência contra as demissões em massa e sem justa causa anunciadas em setembro do ano passado, para ocorrerem até julho deste ano. Na manhã desta quinta-feira 24/02, os integrantes do Quadro, junto com o Sindicato dos Bancários do Pará, a Fetec-CUT Centro Norte, Contraf-CUT e AEBA ocuparam mais uma vez a porta da matriz para dizer não às demissões, exigir respeito e a saída do presidente do atual presidente do Banco, Valdecir Tose.

“Eu não sou Quadro de Apoio. Eu sou Banco da Amazônia. Eu construí esse banco. Eu fiz esse banco chegar até aqui onde ele chegou. O Valdecir ainda nem existia. Ele foi meu aluno, porque eu fui instrutora de gerentes e vi ele menino chegando aqui, assim como outras pessoas. E nós já estávamos aqui construindo essa história, para entregar o banco para essas pessoas, que delas eu já nem quero mais reconhecimento, eu estou aqui pedindo respeito”, destacou Bianca Mascarenhas, integrante do Quadro de Apoio do Banco, ao lembrar de todo o sacrifício que já realizou para implantar agências da instituição no interior da Amazônia.

Vestidos de preto, com camisa temática da campanha contra a demissão de empregados públicos no Banco da Amazônia, a manifestação dos empregados contou com distribuição de informativos, montagem de varal fotográfico para contar a história profissional do Quadro de Apoio e uma performance teatral para satirizar o comportamento autoritário do presidente e da atual diretoria do Banco da Amazônia.

“Essa decisão que o Banco da Amazônia tomou e que tenta criar uma narrativa, consolidar uma ideia, de que o Banco pode demitir unilateralmente, pode demitir imotivadamente seus empregados está em jogo. Mas nós resistimos e vamos seguir na luta para reverter essa situação e defender nossos empregos. Hoje foi mais um ato e, com certeza, muitos outros ainda virão”, ressaltou o dirigente do Sindicato dos Bancários do Pará e coordenador da Comissão de Empregados do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

A Deputada Federal pelo Psol-PA, Vivi Reis, esteve presente no ato e colocou seu mandato ao lado da luta dos empregados do Banco da Amazônia contra as demissões.

“Quero parabenizar todos e todas que construíram essa manifestação. Mais uma vez estamos aqui na porta do Banco da Amazônia falando sobre a necessidade da garantia de direitos e contra retrocessos. É importante a gente destacar que a demissão do Quadro de Apoio, por si só, já é grave. Mas, nós precisamos refletir que isso é um passo para acabar com a estabilidade de trabalhadores e trabalhadoras, para atacar o funcionalismo público e, consequentemente, atacar os direitos da população. Precisamos continuar na construção dessas lutas em defesa dos bancos e dos empregos públicos”, destacou a parlamentar.

 

 

A presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira, reafirmou o compromisso do Sindicato dos Bancários e a unidade de todas as entidades sindicais e associativas em defesa do emprego de todos e todas no Banco da Amazônia e alertou sobre os próximos passos contra a demissão do Quadro de Apoio.

“Nós temos uma audiência com o Ministério Público do Trabalho marcada para o dia 4 de março, que é fruto da denúncia que o Sindicato dos Bancários fez junto ao MPT, pois o Banco da Amazônia apresentou sua manifestação com uma série de inverdades sobre a situação do Quadro de Apoio, que são muito graves e não fazem jus à realidade desse segmento dentro do banco. Então, o Sindicato, junto com a AEBA, está construindo um documento de resposta para colocar a verdade que de fato existe nessa instituição. Seguimos na luta por respeito e pelo emprego do Quadro de Apoio”, afirmou Tatiana Oliveira.

O presidente da AEBA, Gilson Lima, também participou da manifestação e somou forças contra as demissões. Ao final da manifestação, todos os participantes do ato entoaram o grito de “Fora Valdecir”, para deixar clara a indignação de todos e todas com a decisão do Banco da Amazônia por demissões em massa e sem justa causa, em plena pandemia.

 

Fonte: Bancários PA


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